O HOMEM DE DUAS FACES - A SEGUNDA ERA DEMONÍACA

Este homem não foi somente um infeliz com uma triste anomalia, não mesmo. Havia algo a mais... Existia naquela face flácida e desfigurada, algo sombrio e assustador, algo que atormentava todos aqueles que a observavam, algo que o próprio Edward classificava como: Demoníaco!


Edward Mordrake fora herdeiro de um título de nobreza na Inglaterra (que nunca reclamou) era belo, considerado um músico talentosíssimo e brilhante fidalgo, tinha de tudo para ser feliz. Mas carregava em sua nuca a tristeza de sua vida, pois Edward possuía, ali, uma outra face que todos diziam (inclusive Edward) ser desfigurada e "do mal". Algo absurdamente anormal que não comia mas podia grotescamente rir e chorar.

Relatam que os olhos expressavam inteligencia e raiva e seguiam as pessoas vagarosamente como se tivesse estudando aqueles que visualizava. Outros relatos apontam para uma espécie de sorriso sarcástico que lentamente se formava na desfigurada figura, como que se quisesse demonstrar um ódio oculto. Era quase impossível observa-la por muito tempo.

Quem mais sofria era, claro, Edward. Em seu confinamento e solidão afirmava ser impossível cnviver com aquele "Demônio". Solicitou a todos os médicos a retirada da segunda face, mas seu pedido não poderia ser aceito; Edward morreria na cirurgia.

Os relatos do "Homem de duas faces" são impressionantes. Ele afirmava que sua segunda face era o próprio demônio.

Quando estava triste a face sorria e algumas vezes até gargalhava. A noite, rotineiramente, Edward era acordado na madrugada por sussurros da face deformada, eram palavras de ódio, palavrões e um choro enlouquecedor que tinham como objetivo afetar o pobre homem.

Aos 23 anos Edward Mordrake cometeu suicídio. O método se perdeu com o tempo, alguns afirmam que ele  envenenou-se, já outros que disparou um tiro bem entre os olhos da "Face demoníaca".  

A verdade é uma dúvida, contudo em sua carta de despedida deixou bem claro:

"Peço que retirem esse demônio de meu corpo antes que me eternizem em terra, pois pretendo e solicito dormir a eternidade sem os lamentos do inferno".

O pedido foi atendido pelos médicos Manvers y Treadwell que cuidavam do caso. Edwards foi enterrado (também um pedido seu) numa cova de terra barata e sem qualquer tipo de lápide ou escultura.

Alguns artistas homenagearam a pobre figura com algumas obras artísticas, categoricamente musicais.

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